Campanha Humanitária

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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

PARANAPIACABA

Em 1860 iniciam-se obras de expansão ferroviária no alto da Serra do Mar. Durante os trabalhos da linha de 139 km, foi construído um acampamento no alto da serra, a 796 metros de altitude. O espaço escolhido ficava entre o topo da serra e as obras, abrigando os funcionários das áreas operacionais, técnica e administrativa e foi denominado Alto da Serra. 



Quando a linha ferroviária foi inaugurada no ano de 1867, já havia se formado o pequeno povoado da Parte Alta, que começou a ser ocupado por comerciantes que atendiam aos ferroviários e por funcionários aposentados que não podiam mais usar as casas cedidas pela empresa. 





Portanto, sempre existiram a Parte Alta e a Parte Baixa, esta última chamada de Vila Martin Smith e composta pelos operários da obra e funcionários da São Paulo Railway Company. Foi dali que surgiu a Vila de Paranapiacaba, localizada no município de Santo André, na borda do Planalto Atlântico.





Em 1907 passa à categoria de distrito com o nome oficializado para Paranapiacaba. Esse nome longo significa "lugar de onde se avista o mar" em idioma tupi-guarani. A vila cresceu nos moldes ingleses, principais imigrantes que se instalaram na região.



O clima local é tropical úmido, com invernos pouco rigorosos e neblina constante. O índice pluviométrico é acima de 4.000 mm - o que lhe confere posição entre as cidades mais chuvosas do país. 



Paranapiacaba é coberta por uma mata pluvial, na qual a temperatura mais baixa e a altitude interferem nas características básicas. Sem contar a grande extensão de Mata Atlântica que abriga animais e plantas em risco de extinção.



O relevo é irregular, composto por rochas cristalinas. Faz parte do Planalto Atlântico. Vales e baixadas cruzam diversos córregos que ajudam na formação de rios maiores. 



A alimentação local é típica das cidades serranas paulistas, mas o destaque é o consumo do cambuci, uma aguardente curtida com a fruta. O cambuci é um fruto silvestre comestível que já foi abundante em todo o estado de São Paulo. Hoje, ele é encontrado com dificuldade e em áreas restritas da floresta nativa.



A população fixa de Paranapiacaba é em torno de 1.100 habitantes.





Atrações:

Castelinho: construído em 1897 para ser a residência do engenheiro chefe da ferrovia - que era inglês. Fica estrategicamente no alto de uma colina de onde era possível avistar todas as atividades desenvolvidas.



Passarela: construída em 1988 para ligar os dois núcleos da vila.



Clube União Lyra Serrano: sede dos principais eventos e atividades culturais da vila. Foi uma das últimas construções inglesas, por volta de 1936.



Igreja Bom Jesus de Paranapiacaba: construída em 1887 para atender aos funcionários católicos da ferrovia. 



Antigo Mercado: construído em 1899 para abrigar um empório de secos e molhados. Foi reformado e tornou-se um centro multicultural.



Museu Ferroviário: local de exposição dos trens da São Paulo Railway Company. Entre eles, estão locomotivas Maria Fumaça e vagões imperiais, construídas para transportar D. Pedro II. 



Torre do Relógio: a estação Alto da Serra mantém o aspecto original vitoriano com a torre que lembra o Big Ben. O relógio, com marcadores em algarismos romanos, pode ser visto de longe.



Museu Funicular: expõe peças do maior sistema funicular do mundo.



Pau da Missa: árvore muito antiga na qual eram expostos os avisos das missas de 7º dia.



Casa Fox: exemplo da arquitetura típica do local.



Trilha do Mirante: são cerca de 50 a 60 minutos em um trekking de grau médio de dificuldade. No cume do mirante se atinge 1.015 metros de altitude, de onde se pode avistar, em manhãs bem claras e de céu aberto, uma parte da Baixada Santista. Na trilha pode ser vista a Pedra do Índio. 




Alguns eventos sediados na vila:

Carnaval: desfiles de rua com blocos e bailes de máscaras.


Festival do Cambuci: em abril. Festival gastronômico baseado na culinária popular e no uso do cambuci.



Convenção de Bruxas e Magos: em maio. evento de foco místico/esotérico.


Festa Junina: em junho. Evento popular com apoio da comunidade local.


Festival de Inverno: em julho. Muitas atrações artísticas e culturais durante o mês todo.


Festa do Padroeiro: em agosto. Missa e procissão tradicionais, seguidas por shows e quermesses.


Encontro de Magias e Terapias: em outubro. Encontro internacional.


Mostras de cinema: vários tipos e em várias épocas do ano. 



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